sábado, 23 de novembro de 2013

41) O Maior Vendedor Do Mundo - by Og Mandino (excelente livro! vale a pena lêr)



Uma pequena amostra desse excelente livro,
aprecie e vivencie-o:

     Saudarei este dia com amor no coração. E como o farei? 
    - De hoje em diante olharei todas as coisas com amor e renascerei. 
     - Amarei o Sol porque aquece os meus ossos; 
     não obstante, amarei a chuva porque purifica meu espírito. 
     Amarei a luz porque me mostra o caminho; 
     não obstante, amarei a escuridão porque me faz ver as estrelas. 
     Eu receberei a felicidade porque ela engrandece o meu coração; 
     não obstante, tolerarei a tristeza porque abre a minha alma. 
     Aceitarei prêmios porque são minhas recompensas; 
     não obstante, receberei de bom grado os obstáculos, porque eles são meu desafio.
                                                          
                               Og Mandino - o Maior Vencedor Do Mundo by Sabrina Mariana Santos















O Maior Vendedor Do Mundo - by Og Mandino
(excelente livro! vale a pena lêr)
selecione a parte do livro que você gostou e copie.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

40) A Verdadeira Propriedade (vale a pena Lêr!)


A Verdadeira Propriedade 

     9. O homem só possui em plena propriedade aquilo que lhe é dado levar deste mundo.
     Do que encontra ao chegar e deixa ao partir goza ele enquanto aqui permanece. Forçado, porém, que é a abandonar tudo isso, não tem das suas riquezas a posse real, mas, simplesmente, o usufruto. 
     Que é então o que ele possui? 
     - Nada do que é de uso do corpo. 
     - Tudo o que é de uso da alma. 
     - A inteligência, os conhecimentos, as qualidades morais. Isso o que ele traz e leva consigo, o que ninguém lhe pode arrebatar, o que lhe será de muito mais utilidade no outro mundo do que neste. Depende dele ser mais rico ao partir do que ao chegar, visto como, do que tiver adquirido em bem, resultará a sua posição futura.

     Quando alguém vai a um país distante, constitui a sua bagagem de objetos utilizáveis nesse país; não se preocupa com os que ali lhe seriam inúteis. Procedei do mesmo modo com relação à vida futura; aprovisionai-vos de tudo o de que lá vos possais servir.
     Ao viajante que chega a um albergue, bom alojamento é dado, se o pode pagar. A outro, de parcos recursos, toca um menos agradável. Quanto ao que nada tenha de seu, vai dormir numa enxerga. O mesmo sucede ao homem, a sua chegada no mundo dos Espíritos:
     
     - Depende dos seus haveres o lugar para onde vá. Não será, todavia, com o seu ouro que ele o pagará. Ninguém lhe perguntará: 
     - Quanto tinhas na Terra? Que posição ocupavas? Eras príncipe ou operário? Perguntar-lhe-ão: 
     - Que trazes contigo? Não se lhe avaliarão os bens, nem os títulos, mas a soma das virtudes que possua. Ora, sob esse aspecto, pode o operário ser mais rico do que o príncipe. Em vão alegará que antes de partir da Terra pagou a peso de ouro a sua entrada no outro mundo. Responder-lhe-ão: 

     Os lugares aqui não se compram:
     - Conquistam-se por meio da prática do bem. Com a moeda terrestre, hás podido comprar campos, casas, palácios; aqui, tudo se paga com as qualidades da alma. És rico dessas qualidades? Sê bem-vindo e vai para um dos lugares da primeira categoria, onde te esperam
todas as venturas. És pobre delas? Vai para um dos da última, onde serás tratado de acordo com os teus haveres. - Pascal. (Genebra, 1860.)

     10. Os bens da Terra pertencem a Deus, que os distribui a seu grado, não sendo o homem senão o usufrutuário, o administrador mais ou menos íntegro e inteligente desses bens. 
     Tanto eles não constituem propriedade individual do homem, que Deus freqüentemente anula todas as previsões e a riqueza foge àquele que se julga com os melhores títulos para possuí-la.
     Direis, porventura, que isso se compreende no tocante aos bens hereditários, porém,não relativamente aos que são adquiridos pelo trabalho.   
     Sem dúvida alguma, se há riquezas legitimas, são estas últimas, quando honestamente conseguidas, porquanto uma propriedade só é legitimamente adquirida quando, da sua aquisição, não resulta dano para ninguém.
     
     Contas serão pedidas até mesmo de um único ceitil mal ganho, isto é, com prejuízo de outrem. Mas, do fato de um homem dever a si próprio a riqueza que possua, seguir-se-á que, ao morrer, alguma vantagem lhe advenha desse fato? Não são amiúde inúteis as precauções que ele toma para transmiti-la a seus descendentes? Decerto, porquanto, se Deus não quiser
que ela lhes vá ter às mãos, nada prevalecerá contra a sua vontade. Poderá o homem usar e abusar de seus haveres durante a vida, sem ter de prestar contas? Não. 

     Permitindo-lhe que a adquirisse, é possível haja Deus tido em vista recompensar-lhe, no curso da existência atual, os esforços, a coragem, a perseverança. Se, porém, ele somente os utilizou na satisfação dos
seus sentidos ou do seu orgulho; se tais haveres se lhe tornaram causa de falência, melhor fora não os ter possuído, visto que perde de um lado o que ganhou do outro, anulando o mérito de seu trabalho. Quando deixar a Terra, Deus lhe dirá que já recebeu a sua recompensa. - M., Espírito protetor. (Bruxelas, 1861.)

"Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará a outro, ou se prenderá a um e desprezará o outro. Não podeis servir simultaneamente a Deus e a Mamon. (S. LUCAS, cap. XVI, v. 13.)"

CAPÍTULO XVI-ítens 9 e 10 do Evangelho Segundo O Espiritismo (pelo codificador Allan Kardec)


terça-feira, 5 de novembro de 2013

39) Ambição E Ética (maravilhosa mensagem!)


Ambição e ética           
     O consultor de empresas e conferencista Stephen Kanitz escreveu um artigo intitulado Ambição e ética, do qual extraímos algumas reflexões.
                 Kanitz define a ambição como sendo tudo o que você pretende fazer na vida. São seus objetivos, seus sonhos, suas resoluções.
                As pessoas costumam ter como ambição ganhar muito dinheiro, casar com uma moça ou um moço bonito ou viajar pelo mundo afora.
               A mais pobre das ambições é querer ganhar muito dinheiro, porque dinheiro por si só não é objetivo: é um meio para alcançar sua verdadeira ambição, como, por exemplo, viajar pelo mundo.
              Já a ética são os limites que você se impõe na busca de sua ambição. É tudo que você não quer fazer, na luta para conseguir realizar seus objetivos. Como não roubar, não mentir ou pisar nos outros para atingir sua ambição, ou seja, é o conjunto de princípios morais que se devem observar no exercício de uma profissão.

            A maioria dos pais se preocupa bastante quando os filhos não mostram ambição, mas nem todos se preocupam quando os filhos quebram a ética.
           Se o filho colou na prova, não importa, desde que tenha passado de ano, o objetivo maior.
          Algumas escolas estão ensinando aos nossos filhos que ética é ajudar os outros. Isso, porém, não é ética, é ambição.
          Ajudar os outros deveria ser um objetivo de vida, a ambição de todos, ou pelo menos da maioria. Aprendemos a não falar em sala de aula, a não perturbar a classe, mas pouco sobre ética.
          O problema do mundo é que normalmente decidimos nossa ambição antes de nossa ética, quando o certo seria o contrário.
          E por quê?
          Porque dependendo da ambição, torna-se difícil impor uma ética que frustrará nossos objetivos.

          Quando percebemos que não conseguiremos alcançar nossos objetivos, a tendência é reduzir o rigor ético, e não reduzir a ambição.
          O mundo conheceu a história de uma estagiária na Casa Branca, que colocou a ambição à frente da ética e tirou o partido democrata do poder, numa eleição praticamente ganha, devido ao enorme sucesso da economia na sua gestão.
          Não há nada de errado em ser ambicioso, desde que se defina cedo o comportamento ético.
          Quando a ambição passa por cima da ética como um rolo compressor, o resultado é o que podemos acompanhar nos noticiários que ocupam as manchetes em nosso país.           

     Assim, para mudar definitivamente essa situação, é preciso estabelecer um limite para nossa ambição não nos permitindo, em hipótese alguma, violar a ética para satisfação pessoal, em detrimento do coletivo.
          Conforme ensinou Jesus, Seja o seu falar: sim, sim, não, não, em qualquer situação.             E, se estiver difícil definir se estamos agindo com ética ou não, basta imaginar como julgaríamos esse ato, se praticado por outra pessoa.
          Se o condenamos é porque não é ético. Se o aprovamos e julgamos justo, então podemos seguir em frente.
          Defina sua ética quanto antes possível. 
     A ambição não pode antecedê-la, é ela que tem de preceder à sua ambição.

  Texto extraído da Redação do Momento Espírita com base em artigo de Stephen Kanitz, publicado na Revista Veja do dia 24 de janeiro de 2001. Em 23.12.2010.

domingo, 3 de novembro de 2013

37) O Ponto De Vista - (Excelente Mensagem!)


O Ponto De Vista - (Excelente Mensagem!) 

     do livro "O Evangelho Segundo O Espiritismo" (Allan Kardec)  - Capítulo II
Meu Reino Não É Deste Mundo – item 5, 6 e 7.

     - " 1. Pilatos, tendo entrado de novo no palácio e feito vir Jesus à sua presença, perguntou-lhe: 
     - És o rei dos judeus? - 
     Respondeu-lhe Jesus: 
     - Meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, a minha gente houvera combatido para impedir que eu caísse nas mãos dos judeus; mas, o meu reino ainda não é aqui.
     Disse-lhe então Pilatos: 
     - És, pois, rei? 
     Jesus lhe respondeu: 
     - Tu o dizes; sou rei; não nasci e não vim a este mundo senão para dar testemunho da verdade. Aquele que pertence a verdade escuta a minha voz.   
                                     (S. JOÃO, cap. XVIII, vv. 33, 36 e 37.)

     5. A idéia clara e precisa que se faça da vida futura proporciona inabalável fé no porvir, fé que acarreta enormes conseqüências sobre a moralização dos homens, porque muda completamente o ponto de vista sob o qual encaram eles a vida terrena. Para quem se coloca, pelo pensamento, na vida espiritual, que é indefinida, a vida corpórea se torna simples passagem, breve estada num país ingrato. 
     As vicissitudes e tribulações dessa vida não passam de incidentes que ele suporta com paciência, por sabê-las de curta duração, devendo seguir-se-lhes um estado mais ditoso. 
     A morte nada mais restará de aterrador; deixa de ser a porta que se abre para o nada e torna-se a que dá para a libertação, pela qual entra o exilado numa mansão de bem-aventurança e de paz. 
     Sabendo temporária e não definitiva a sua estada no lugar onde se encontra, menos atenção presta às preocupações da vida, resultando-lhe daí uma calma de espírito que tira àquela muito do seu amargor.

     Pelo simples fato de duvidar da vida futura, o homem dirige todos os seus
pensamentos para a vida terrestre. Sem nenhuma certeza quanto ao porvir, dá tudo ao presente. 
     Nenhum bem divisando mais precioso do que os da Terra, torna-se qual a criança que nada mais vê além de seus brinquedos. E não há o que não faça para conseguir os únicos bens que se lhe afiguram reais. 
     A perda do menor deles lhe ocasiona causticante pesar; um engano, uma decepção, uma ambição insatisfeita, uma injustiça de que seja vítima, o orgulho ou a vaidade feridos são outros tantos tormentos, que lhe transformam a existência numa perene angústia, infligindo-se ele, desse modo, a si próprio, verdadeira tortura de todos os instantes. 

     Colocando o ponto de vista, de onde considera a vida corpórea, no lugar mesmo em que ele aí se encontra, vastas proporções assume tudo o que o rodeia. O mal que o atinja, como o bem que toque aos outros, grande importância adquire aos seus olhos. 
     Aquele que se acha no interior de uma cidade, tudo lhe parece grande: assim os homens que ocupem as altas posições, como os monumentos. Suba ele, porém, a uma montanha, e logo bem pequenos lhe parecerão homens e coisas.
     É o que sucede ao que encara a vida terrestre do ponto de vista da vida futura; a Humanidade, tanto quanto as estrelas do firmamento, perde-se na imensidade. 

     Percebe então que grandes e pequenos estão confundidos, como formigas sobre um montículo de terra; que proletários e potentados são da mesma estatura, e lamenta que essas criaturas efêmeras a tantas canseiras se entreguem para conquistar um lugar que tão pouco as elevará, e que por tão pouco tempo conservarão. 
     Daí se segue que a importância dada aos bens terrenos está sempre em razão inversa da fé na vida futura.


     6. Se toda a gente pensasse dessa maneira, dir-se-ia, tudo na Terra periclitaria, porquanto ninguém mais se iria ocupar com as coisas terrenas.          Não; o homem, instintivamente, procura o seu bem-estar e, embora certo de que só por pouco tempo permanecerá no lugar em que se encontra, cuida de estar aí o melhor ou o menos mal que lhe seja possível. 
     Ninguém há que, dando com um espinho debaixo de sua mão, não a retire, para se não picar. Ora, o desejo do bem-estar força o homem a tudo melhorar, impelido que é pelo instinto do progresso e da conservação, que está nas leis da Natureza. 
     Ele, pois, trabalha por necessidade, por gosto e por dever, obedecendo, desse modo, aos desígnios da Providência que, para tal fim, o pôs na Terra.        Simplesmente, aquele que se preocupa com o futuro não liga ao presente mais do que relativa importância e facilmente se consola dos seus insucessos, pensando no destino que o aguarda.


     Deus, conseguintemente, não condena os gozos terrenos; condena, sim, o abuso desses gozos em detrimento das coisas da alma. Contra tais abusos é que se premunem os que a si próprios aplicam estas palavras de Jesus: 
     - Meu reino não é deste mundo.
     Aquele que se identifica com a vida futura assemelha-se ao rico que perde sem emoção uma pequena soma. 
     Aquele cujos pensamentos se concentram na vida terrestre assemelha-se ao pobre que perde tudo o que possui e se desespera.


     7. O Espiritismo dilata o pensamento e lhe rasga horizontes novos. Em vez dessa visão, acanhada e mesquinha, que o concentra na vida atual, que faz do instante que vivemos na Terra único e frágil eixo do porvir eterno, ele, o Espiritismo, mostra que essa vida não passa de um elo no harmonioso e magnífico conjunto da obra do Criador. 

     Mostra a solidariedade que conjuga todas as existências de um mesmo ser, todos os seres de um mesmo mundo e os seres de todos os mundos.   
     Faculta, assim, uma base e uma razão de ser à fraternidade universal, enquanto a doutrina da criação da alma por ocasião do nascimento de cada corpo, torna estranhos uns aos outros todos os seres. 
     Essa solidariedade entre as partes de um mesmo todo explica o que inexplicável se apresenta, desde que se considere apenas um ponto. 
     Esse conjunto, ao tempo do Cristo, os homens não o teriam podido compreender, motivo por que Ele reservou para outros tempos o fazê-lo conhecido.



quinta-feira, 31 de outubro de 2013

36) A Meada (ótima história!)


A  Meada (ótima história!)

     A conversação entre as duas jovens senhoras se desenvolvia no ônibus.
     - Você não pode imaginar o meu amor por ele...
     - Não posso concordar com você.
     - Decerto que não me entende.
     - Mas, Dulce, você chega a querer o Dionísio, tanto quanto ao marido?
     - Não tanto, mas não consigo passar sem os dois.
     - Meu Deus! Isso é coisa de casal sem filhos!...
     - É possível...
     - Você não acha isso estranho, inadmissível?
     - Acho natural.
     - Noto você demasiadamente apegada, não é justo...
     - Sei que você não me compreende...
     - Simplesmente não concordo.
     - Mas Dionísio...
     - Isso é uma psicose...

     Dona Dulce e a amiga, no entanto, ignoravam que Dona Lequinha, vizinha de ambas, sentara-se perto e estava de ouvido atento, sem perder palavra.
     De parada em parada, cada uma volveu ao lar suburbano, mas Dona Lequinha, ao chegar em casa, começou a fantasiar... 
      Bem que notara Dona Dulce acompanhada por um moço ao tomar o elétrico, aliás, pessoa de cativante presença. Recordava-lhe as palavras derradeiras: “vá tranqüila, amanhã telefonarei...”

     Cabeça quente, vasculhando novidades no ar, aguardou o esposo, colega de serviço do marido de Dona Dulce, e tão logo à mesa, a sós com ele para o jantar, surgiu novo diálogo:
     - Você não imagina o que vi hoje...
     - Diga, mulher...
     - Dona Dulce, calcule você!... Dona Dulce, que sempre nos pareceu uma santa, está de aventuras...
     - O quê?!...
     - Vi com meus olhos... Um rapazão a seguia mostrando gestos de apaixonado e, por fim, no ônibus, ela própria se confessou a Dona Cecília...          Chegou a dizer que não consegue viver sem o marido e sem o outro... Uma calamidade!...
     - Ah! mas isso não fica assim, não! Júlio é meu colega e Júlio vai saber!...

     A conversa transitou através de comentários escusos e, no dia imediato, pela manhã, na oficina, o amigo ouve do amigo o desabafo em tom sigiloso:
     - Júlio, você me entende... somos companheiros e não posso enganá-lo... O que vou dizer representa um sacrifício para mim, mas falo para seu bem... Seu nome é limpo demais para ser desrespeitado, como estou vendo... Não posso ficar calado por mais tempo... Sua mulher...
     E o esposo escutou a denúncia, longamente cochichada, qual se lhe enternassem afiada lâmina no peito.
     Agradeceu, pálido...

     Em seguida, pediu licença ao chefe para ir a casa, alegando um pretexto qualquer. No fundo, porém, ansiava por um entendimento com a esposa, aconselhá-la, saber o que havia de certo.
     Deixou o serviço, no rumo do lar e, aí chegando, penetrou a sala, agoniado...
     Estacou, de improviso.
     A companheira falava, despreocupamente, ao telefone, no quarto de dormir:
     - “Ah! sim!...”, “Não há problema”, “Hoje mesmo”. “Às três horas”... “Meu marido não pode saber...”.

     Júlio retrocedeu, à maneira de cão espancado. Sob enorme excitação, tornou à rua. Logo após, notificou na oficina que se achava doente e pretendia medicar-se. Retornou a casa e tentou o almoço, em companhia da mulher que, em vão, procurou fazê-lo sorrir.
     Acabrunhado, voltou a perambular pelas vias públicas e, poucos minutos depois das três da tarde, entrou sutilmente no lar... 
     Aflito, mentalmente descontrolado, entreabriu devagarinho a porta do quarto e viu, agora positivamente aterrado, um rapaz em mangas de camisa, a inclinar-se sobre o seu próprio leito. De imaginação envenenada, concebeu a pior interpretação...
     O pobre operário recuou em delírio e, à noite, foi encontrado morto num pequeno galpão dos fundos. Enforcara-se em desespero...

     Só então, ao choro de Dona Dulce, o mexerico foi destrinçado.
     Dionísio era apenas o belo gatinho angorá, que a desolada senhora criava com estimação imensa.
     O moço que a seguira até o ônibus era o veterinário, a cujos cuidados profissionais confiara ela o animal doente.
     O telefonema era baseado na encomenda que Dona Dulce fizera de um colchão de molas, ao gosto moderno, para uma afetuosa surpresa ao marido, e o rapaz que se achava no aposento íntimo do casal era, nem mais nem menos, o empregado da casa de móveis que viera ajustar o colchão referido ao leito de grandes proporções.

     A tragédia, porém, estava consumada e Dona Lequinha, diante do suicida exposto à visitação, comentou, baixinho, para a amiga de lado:
     - Que homem precipitado!... Morrer por uma bobagem! A gente fala certas coisas, só por falar!...

pelo Espírito Irmão X - Do livro:  Estante da Vida, Médium: Francisco Candido Xavier.



terça-feira, 29 de outubro de 2013

35) O Programa Do Senhor (maravilhosa história!)

O Programa Do Senhor 
(maravilhosa história!)

     A frente da turba faminta, Jesus multiplicou os pães e os peixes, atendendo à necessidade dos circunstantes.
     O fenômeno maravilhara.
     O povo jazia entre o êxtase e o júbilo intraduzíveis.
     Fora quinhoado por um sinal do Céu, maior que os de Moisés e Josué.
     Frêmito de admiração e assombro dominava a massa compacta.
     Relacionavam-se, ali, pessoas procedentes das regiões mais diversas.
     Além dos peregrinos, em grande número, que se adensavam habitualmente em torno do Senhor, buscando consolação e cura, mercadores da Iduméia, negociantes da Síria, soldados romanos e cameleiros do deserto, ali se congregavam em multidão, na qual se destacavam as exclamações das mulheres e o choro das criancinhas.

     O povo, convenientemente sentado na relva, recebia, com interjeições gratulatórias, o saboroso pão que resultara do milagre sublime.
     Água pura em grandes bilhas era servida, após o substancioso repasto, pelas mãos robustas e felizes dos apóstolos.
     E Jesus, após renovar as promessas do Reino de Deus, de semblante melancólico e sereno contemplava os seguidores, da eminência do monte.
     Semelhava-se, realmente, a um príncipe, materializado, de súbito, na Terra, pela suavidade que lhe transparecia da fronte excelsa, tocada pelo vento que soprava, de leve...

     Expressões de júbilo eram ouvidas, aqui e ali.
     Não fornecera Ele provas de inexcedível poder? 
     Não era o maior de todos os profetas? 
     Não seria o libertador da raça escolhida?
     Recolhiam os discípulos a sobra abundante do inesperado banquete, quando Malebel, espadaúdo assessor da Justiça em Jerusalém, acercou-se do Mestre e clamou para a multidão, haver encontrado o restaurador de Israel. 

     Esclareceu que conviria receber-lhe as determinações, desde aquela hora inesquecível, e os ouvintes reergueram-se, à pressa, engrossando fileiras, ao redor do Messias Nazareno.
     Jesus, em silêncio, esperou que alguém lhe endereçasse a palavra e, efetivamente, Malebel não se fez rogado.
     – Senhor – indagou, exultante –, és, em verdade, o arauto do novo Reino?
     – Sim – respondeu o Cristo, sem, titubear.
     – Em que alicerces será estabelecida a nova ordem? – prosseguiu o oficial do Sinédrio, dilatando o diálogo.
     – Em obrigações de trabalho para todos.
     O interlocutor esfregou o sobrecenho com a mão direita, evidentemente inquieto, e continuou:

     – Instituir-se-á, porém, uma organização hierárquica?
     – Como não? – acentuou o Mestre, sorrindo.
     – Qual a função dos melhores?
     – Melhorar os piores.
     – E a ocupação dos mais inteligentes?
     – Instruir os ignorantes.
     – Senhor, e os bons? Que farão os homens bons, dentro do novo sistema?
     Ajudarão aos maus, á fim de que estes se façam igualmente bons.
     – E o encargo dos ricos?
     – Amparar os mais pobres para que também se enriqueçam de recursos e conhecimentos.

     – Mestre – tornou Malebel, desapontado – quem ditará semelhantes normas?
     – O amor pelo sacrifício, que florescerá em obras de paz no caminho de todos.
     – E quem fiscalizará o funcionamento do novo regime?
     – A compreensão da responsabilidade em cada um de nós.
     – Senhor, como tudo isto é estranho! – considerou o noviço, alarmado – desejarás dizer que o Reino diferente prescindirá de palácios, exércitos, prisões, impostos e castigos?
     – Sim – aclarou Jesus, abertamente –, dispensará tudo isso e reclamará o espírito de renúncia, de serviço, de humildade, de paciência, de fraternidade, de sinceridade e, sobretudo, do amor de que somos credores, uns para com os outros, e a nossa vitória permanecerá muito mais na ação incessante do bem, com o desprendimento da posse, na esfera de cada um, que nos próprios fundamentos da Justiça, até agora conhecidos no mundo.

     Nesse instante, justamente quando os doentes e os aleijados, os pobres e os aflitos desciam da colina tomados de intenso júbilo, Malebel, o destacado funcionário de Jerusalém, exibindo terrível máscara de sarcasmo na fisionomia dantes respeitosa, voltou as costas ao Senhor, e, acompanhado por algumas centenas de pessoas bem situadas na vida, deu-se pressa em retirar-se, proferindo frases de insulto e zombaria...
     O milagre dos pães fora rapidamente esquecido, dando a entender que a memória funciona dificilmente nos estômagos cheios, e, se Jesus não quis perder o contacto com a multidão, naquela hora célebre, foi obrigado a descer também.

Pontos e Contos (psicografia Chico Xavier - espírito Irmão X) – Capítulo 1

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

34) Problema De Saúde (ótima mensagem... muito importante)

Problema De Saúde

     Comentávamos alguns problemas alusivos à saúde humana, quando Olímpio Ericeira, ex-médicona Terra, considerou:
     – Modifica-se singularmente o campo geral da vida, quando examinado através de nossos objetivos superiores. Sob o ponto de vista espiritual, renovam-se-nos aqui todos os conceitos clássicos da Medicina, em virtude das necessidades fundamentais da alma. 
     Com raríssimas exceções, toda enfermidade reflete as deficiências de natureza profunda. A rigor, não há patologia sem desequilíbrio psíquico, tanto quanto não existe flora microbiana sem clima adequado. Por isso mesmo, grande número de moléstias funcionam como elementos de socorro à inteligência reencarnada. 
     Claro que o homem não pode prescindir do combate contra as forças invasoras, no sentido de preservar o precioso vaso orgânico em que se
manifesta; entretanto, não deveria lutar com o pavor do sentenciado e sim com a atenção do trabalhador. A moléstia acidental pode ser aviso prestimoso; as enfermidades de longo curso costumam simbolizar trabalhos de salvamento; as enxaquecas, por vezes, demoram-se no corpo, atendendo a dispositivos da Providência Divina. 
     
     Se eu dispusesse de autoridade, solicitaria a todos os irmãos reencarnados aceitarem as manifestações patogênicas, dentro da maior serenidade, a fim de que produzam todos os bens de que são portadores.
     – Semelhante atitude, porém, é muito difícil! – observou Eduardo Lessa, outro médico desencarnado – o homem estima viver na filosofia do imediatismo. Exige melhora e cura, ao mesmo tempo, e é tarefa complicada atender a criaturas insaciáveis.
     – A opinião é justa – tornou Olímpio, em tom grave –, o imediatismo é o escolho com que somos invariavelmente defrontados, em todos os trabalhos de assistência aos companheiros da experiência física. Há doentes, com muitos anos de leito, que reclamam o restabelecimento em alguns dias, necessitados que não percebem os impositivos de ordem moral que os agrilhoam a padecimentos transitórios e pessoas que, intoxicadas pelos
escuros pensamentos que cultivam, não reconhecem as sombras da própria mente enfermiça.

     E refletindo para dar-nos um exemplo do que asseverava, continuou: 
     – Ainda agora, assisti a uma ocorrência significativa. Através dela observei, mais uma vez, que a pressa de curar, entre os que se movimentam na carne, pode agravar as doenças verdadeiras da alma.
     Olímpio fez uma pausa e prosseguiu :
     – A Senhora Ramos é criatura de qualidades excelentes, mas na posição maternal é apaixonada ao delírio, o que não impede seja credora de numerosas amizades em nosso plano, em virtude da sua bondade espontânea. Realmente, é caridosa sem ostentação e humilde sem alarde. Ninguém se retira da presença dessa nobre mulher sem sentir-se melhor. Sendo prestativa e fraternal, suas rogativas mobilizam muitos colegas nossos, que a ela se uniram pelos laços indestrutíveis da gratidão.
  
     Não há muitos meses, fui convidado a cooperar no tratamento de Anacleto, filho dessa valiosa missionária do bem. Dispus-me ao concurso solicitado, sondei o caso; depressa reconheci, em companhia de outros amigos, que a moléstia insidiosa deveria ser tratada com muita lentidão, em vista de ascendentes de origem moral. Anacleto apresentava perturbações orgânicas facilmente remediáveis; no entanto, a sua personalidade real exibia
enormes desequilíbrios. Era ele um viciado de renovação muito difícil.

     O médico da família tratava-o, com acerto; entretanto, a mente transviada do rapaz exigia provas rudes.
     A Senhora Ramos vivia receosa. Temia pela saúde do filho e desejava, fervorosamente, a restauração imediata. Todavia, se o facultativo terrestre apressava recursos para o fim em vista, de nosso lado acentuávamos a delonga. Não devia o moço restabelecer-se com facilidade. Tal concessão seria perigosa. Anacleto precisava extrair todo o proveito que a enfermidade lhe poderia conferir e devia socorrer-se da colaboração de muitos amigos
encarnados, para entender, de alguma sorte, as obrigações que lhe competiam. 
     As reflexões do leito ser-lhe-iam benéficas. O fígado enfermo, o estômago escoriado e as pernas feridas lhe ensinariam, sem palavras, valiosas lições íntimas. No curso do tempo, fornecer-lhe-iam paciência, fraternidade, gratidão e, sobretudo, algum entendimento da vida. Até à ocasião em que se recolhera para tratamento rigoroso, não passava de criatura inútil. Gastava a mocidade entre arruaças e vícios.

     Não sabia agradecer e muito menos cooperar na extensão do bem. Todavia, em virtude da moléstia renitente, começava a ser afável e reconhecido. Já sabia como atender a visitas, como suportar uma conversação em que os seus pontos de vista não eram respeitados e aprendera a sorrir para pessoas menos simpáticas.
     A Senhora Ramos, porém, qual ocorre à maioria das mães terrestres, não examinava a situação fora das inquietudes injustificáveis. Acomodava-se muito bem com a fé tranqüila dos dias róseos, mas não compreendia a confiança nos dias escuros.
     Implorava a restituição imediata da saúde ao filho e consagrava-se apaixonadamente a essa idéia. 
     
     De quando em quando, encontrávamo-nos no grupo espiritista, através da organização mediúnica. Expunha-nos, inquieta, as suas aflições e temores.
– Guarde serenidade, minha irmã – repetíamos, invariavelmente –, Anacleto há de curar-se; em qualquer tempo, mais vale atentar para a Vontade de Deus que nos encarcerarmos nos próprios desejos, quase sempre filiados à desorientação e ao egoísmo. Aguardemos com calma.
     Nossa amiga, no fundo, pretendia sustentar o elevado padrão de fé, mas acabava sempre em vacilações prejudiciais, dentro do labirinto afetivo.
De nossa reunião espiritual, seguia para a discussão com o médico, no conforto da residência, reclamando remédios mais eficientes, melhoras seguras e resultados mais nítidos.

     Assediado pelas rogativas da genitora, o facultativo encarnado lembrou a oportunidade de uma estação de águas. Anacleto iria às fontes curativas e, certo, restauraria o fígado intoxicado.
     Consultou-nos a Senhora Ramos, com respeito ao alvitre.
     Sabíamos que a medida, em nos reportando ao campo físico, seria excelente, que o rapaz encontraria alívio rápido; no entanto, não ignorávamos que a sua condição espiritual ainda era lamentável, e que, por isso mesmo, o rapaz não se habilitara à recepção daquela bênção. Não víamos tão-somente o organismo enfermo, mas também os interesses vitais da saúde eterna.    
     Examinando todos esses fatores, opinamos em contrário. A pobre mãe
recebeu-nos a negativa, mal-humorada, e, após novo acordo com o clínico terreno, assentou que nós outros, os cooperadores espirituais, estacionáramos em equívoco, deliberando a partida do filho para as águas, sem perda de tempo, plenamente despreocupada de nossa lembrança fraternal.

     Em poucos dias, viu-se Anacleto em estação elegante.
     A essa altura da narrativa, Olímpio fez longa pausa, como a exumar as reminiscências mais fortes e concluiu:
     Efetivamente, o rapaz, em duas semanas, estava quase radicalmente curado. A Senhora Ramos não cabia em si de contente. Anacleto, porém, assim que se viu exonerado dos impedimentos físicos, não mais quis saber das edificantes palestras maternais. Não longe do balneário funcionava grande seção de jogos de azar que, de pronto, lhe fascinaram a mente
doentia. Incapaz de procurar o entretenimento sadio, útil ao sistema nervoso enfermiço, atirou-se ao pano verde, desvairadamente, tomado de estranha sede. Ocultando-se à vigilância materna, durante oito noites sucessivas aventurou somas enormes. 

     Quando perdeu o conteúdo da própria bolsa, valeu-se de dois cheques em branco que o pai havia confiado à genitora, devidamente assinados, para despesas eventuais na excursão de cura.
     Fez dois saques vultosos, mas perdeu irremediavelmente. Quando viu rolar a ficha derradeira, ausentou-se, alucinado; enceguecido, semi-louco, não conseguiu registrar-nos a assistência espiritual e, a sós, no quarto de dormir, ralado de ódio e vergonha, suicidou-se estourando o crânio. E assim terminou a experiência. 
     A Senhora Ramos retirou-se de casa conduzindo um filho doente e regressou trazendo um cadáver.

Pontos e Contos Capítulo 11 (psicografia Chico Xavier - espírito Irmão X)


domingo, 20 de outubro de 2013

32) Conforme o modo como vemos a vida (excelente mensagem... vale a pena lêr)





Conforme o modo como vemos a vida, podemos abrandar ou agravar os nossos sofrimentos

     Em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, no seu capítulo V, “Bem-Aventurados os Aflitos”, item 13, Allan Kardec afirma que, conforme a maneira de ver a vida, nós podemos abrandar ou agravar os nossos próprios sofrimentos.

     Um exemplo bem claro disso aconteceu em nossa clínica há alguns anos.     
     Uma senhora aparentando ser portadora de um equilíbrio incomum dirigiu-se a nós dizendo precisar de nosso concurso terapêutico, como médico e homeopata, mas que talvez nós não fôssemos capazes de compreender o que ela sentia.

     Pedimos que tentasse nos explicar e assim ela começou a relatar:

    “Sou evangélica, trabalho como missionária, estudo a Bíblia há muitos anos e tenho uma fé inabalável em Deus. Estou falando isso para que você compreenda o que eu pretendo relatar.

     Há quatro anos meu filho foi atingido por uma bala perdida e faleceu. Em nenhum momento, questionei os desígnios divinos.

     Não sofro por ele ter partido assim tão subitamente. Na verdade, nem acredito que tenha vindo aqui por causa de algum sofrimento. E é por isso que penso que você terá dificuldade para entender o que vim relatar. Não vim até aqui por sofrer, mas por estar cheia de amor por meu filho e não saber como dar vazão a esse sentimento”.

     Nesse momento, perguntamos a ela como ela via, como evangélica e missionária, a questão da morte. Onde estaria a alma de seu filho nesse momento?

     E ela me respondeu: “Dormindo o sono eterno ao lado de Deus, aguardando o Juízo Final”.

     Imediatamente percebemos estar diante de uma dor causada pela forma com que ela via a questão do destino do Espírito após a morte do corpo físico.

     Como médico cristão, jamais poderíamos alterar sua forma de crer, não seria ético. Então, como ajudar?

     Nessa hora, tivemos uma intuição e lhe perguntamos: “Minha irmã, quando seu filho dormia, na cama ao lado de seu quarto, você não podia amá-lo?”

     Ao que ela respondeu:  “Muito! Não raras vezes eu me dirigia ao seu quarto, olhava demoradamente para ele e deixava que meu amor o envolvesse”.

     Então, redargui: “Mas, minha senhora, ele estava dormindo...!”.

     Ela, imediatamente, replicou: “Mas eu sei que ele me sentia...”.

     Então, concluí meu raciocínio para tentar mudar o conceito daquela mulher:  “Então, minha irmã, se ele, dormindo ali ao seu lado, a senhora acreditava que ele podia senti-la, eu não entendo por que agora, que ele dorme ao lado de Deus, ele não registraria seu amor”.

     Naquele momento, a expressão facial dela mudou completamente, como se um brilho novo iluminasse seu olhar. E ela, sem perceber, exclamou em voz alta: “Meu Deus, por que não pensei nisso antes”. E se levantou e saiu, como se nem tivesse estado ali. Mas, imediatamente após passar a porta do consultório, ela voltou, olhou-me ternamente e me disse: “Obrigada, muito obrigada”.

     E se foi... Nunca mais a vi.

     Naquele momento pensamos na imensa sabedoria de Allan Kardec quando nos apresentou esse raciocínio: “Conforme a maneira de ver a vida o indivíduo pode abrandar ou agravar seus próprios sofrimentos”.
  

                                                            José Antonio Vieira de Paula
http://www.forumespirita.net/fe/accao-do-dia/conforme-o-modo-como-vemos-a-vida-podemos/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+forumespirita+%28Forum+Espirita+email+news+100+topicos%29#.UXSr1NKG3Cs

sábado, 19 de outubro de 2013

31) ¿No crees en la reencarnacion? Entonces trata de explicar esto.(maravilhoso!)Você não acredita em reencarnação? Então, tentar explicar isso!




¿No crees en la reencarnacion? 
Entonces trata de explicar esto.
(Você não acredita em reencarnação?
Então, tentar explicar isso.)

enviado para o YouTube por - 
Julio Cesar Contreras de León
Publicado em 16/10/2013

Se trata de Tsung Tsung. 
Tiene 5 años y aún es un misterio como es posible que logre hacer esto con tan corta edad.
(Se trata de Tsung Tsung.
Tem 5 anos e ainda é um mistério como você pode ser capaz de fazer isso com uma idade tão jovem.)


30) Aprender A Florescer (ótima história)



     Aprender A Florescer          
      Ela era uma jovem das famílias mais ricas de Los Angeles. Prestes a se casar, seu noivo foi convocado para o Vietnã. Antes, deveria passar por um treinamento de um mês.           
     Enamorada, ela optou por antecipar o casamento e partir com ele. Ao menos poderia passar o mês do treinamento próximo dele, antes de sua partida para terras tão longínquas e perigosas.
          Próximo à base do deserto da Califórnia onde se daria o treinamento, havia uma aldeia abandonada de índios Navajos e uma das cabanas foi especialmente preparada para receber o casal.
          O primeiro dia foi de felicidade. Ele chegou cansado, queimado pelo sol de até 45 graus. Ela o ajudou a tirar a farda e deitar-se. Foi romântico e maravilhoso.

          Ao final da semana estava infeliz e ao fim de dez dias estava entrando em desespero. O marido chegava exausto do treinamento que começava às cinco horas da manhã e terminava às dez horas da noite. Ela era viúva de um homem vivo, sempre exaurido.  Escreveu para a mãe, dizendo que não agüentava mais e perguntando se deveria abandoná-lo.
          Alguns dias depois, recebeu a resposta. A velha senhora, de muito bom senso lhe enviou uma quadrinha em versos livres que dizia mais ou menos assim:
            "- Dois homens viviam em uma cela de imunda prisão. Um deles olhava para o alto e enxergava estrelas. O outro, olhava para baixo e somente via lama. Abraços. Mamãe."

          A jovem entendeu. Ela e o marido estavam em uma cela, cada um a seu modo. Ver as estrelas ou contemplar a lama era sua opção.
          Pela primeira vez, em vinte dias de vida no deserto, ela saiu para conhecer os arredores. Logo adiante surpreendeu-se com a beleza de uma concha de caracol. Ela conhecia conchas da praia, mas aquelas eram diferentes, belíssimas.
          Quando seu marido chegou naquela noite, quase que ela nem o percebeu tão aplicada estava em separar e classificar as conchas que recolhera durante todo o dia. Quando terminou o treinamento e ele foi para a guerra, ela decidiu permanecer ali mesmo.
           Descobrira que o deserto era um mar de belezas.
          De seus estudos e pesquisas resultou um livro que é considerado a obra mais completa acerca de conchas marinhas, porque o deserto da Califórnia um dia foi fundo de mar e é um imenso depósito de fósseis e riquezas minerais.

          Mais tarde, com o retorno do esposo do Vietnã, ela voltou a Los Angeles com a vida enriquecida por experiências salutares. Tudo porque ela aprendera a florescer onde Deus a colocara.
          Existem flores nos jardins bem cuidados. Existem flores agrestes em pleno coração árduo do deserto.
          Existem flores perdidas pelas orlas dos caminhos, enfeitando veredas anônimas.
          Muitas sementes manifestam sua vida florescendo a partir de um pequeno grão de terra, perdido entre pedras brutas, demonstrando que a sabedoria está em florescer onde se é plantado.
          Florescer, mesmo que o jardineiro sejam os ventos graves ou as águas abundantes.
          Florescer, ainda que e as condições de calor e umidade nem sempre sejam as favoráveis...

     Texto extraído da: Redação do Momento Espírita, com base na palestra “Floresça Onde Fôr Plantado”, proferida por Divaldo Pereira Franco.... Em 17/07/2009 momento.com.br

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

29) A Felicidade Não É Deste Mundo (ótimo!)


A Felicidade Não É Deste Mundo 

     20. "- Não sou feliz! A felicidade não foi feita para mim!..." exclama geralmente o homem em todas as posições sociais. 
     Isso, meus caros filhos, prova, melhor do que todos os raciocínios possíveis, a verdade desta máxima do Eclesiastes:
     -  "A felicidade não é deste mundo." 
     Com efeito, nem a riqueza, nem o poder, nem mesmo a florida juventude são condições essenciais à felicidade. Digo mais: nem mesmo reunidas essas três condições tão desejadas, porquanto incessantemente se ouvem, no seio das classes mais privilegiadas, pessoas de todas as idades se queixarem amargamente da situação em que se encontram.
     Diante de tal fato, é incontestável que as classes laboriosas e militantes invejem com tanta ânsia a posição das que parecem favorecidas da fortuna.      
     Neste mundo, por mais que faça, cada um tem a sua parte de labor e de miséria, sua cota de sofrimentos e de decepções, donde facilmente se chega à conclusão de que a Terra é lugar de provas e de expiações.
     Assim, pois, os que pregam que ela é a única morada do homem e que somente nela e numa só existência é que lhe cumpre alcançar o mais alto grau das felicidades que a sua natureza comporta, iludem-se e enganam os que os escutam, visto que demonstrado está, por experiência arqui-secular, que só excepcionalmente este globo apresenta as condições necessárias à completa felicidade do indivíduo.
     Em tese geral pode afirmar-se que a felicidade é uma utopia a cuja conquista as gerações se lançam sucessivamente, sem jamais lograrem alcançá-la. 
     
     Se o homem ajuizado é uma raridade neste mundo, o homem absolutamente feliz jamais foi encontrado.
     O em que consiste a felicidade na Terra é coisa tão efêmera para aquele que não tem a guiá-lo a ponderação, que, por um ano, um mês, uma semana de satisfação completa, todo o resto da existência é uma série de amarguras e decepções. E notai, meus caros filhos, que falo dos venturosos da Terra, dos que são invejados pela multidão.
     Conseguintemente, se à morada terrena são peculiares as provas e a expiação, forçoso é se admita que, algures, moradas há mais favorecidas, onde o Espírito, conquanto aprisionado ainda numa carne material, possui em toda a plenitude os gozos inerentes à vida humana. 

     Tal a razão por que Deus semeou, no vosso turbilhão, esses belos planetas superiores para os quais os vossos esforços e as vossas tendências vos farão gravitar um dia, quando vos achardes suficientemente purificados e aperfeiçoados.
     Todavia, não deduzais das minhas palavras que a Terra esteja destinada para sempre a ser uma penitenciária. Não, certamente! Dos progressos já realizados, podeis facilmente deduzir os progressos futuros e, dos melhoramentos sociais conseguidos, novos e mais fecundos melhoramentos. Essa a tarefa imensa cuja execução cabe à nova doutrina que os Espíritos vos revelaram.
     Assim, pois, meus queridos filhos, que uma santa emulação vos anime e que cada um de vós se despoje do homem velho. Deveis todos consagrar-vos à propagação desse Espiritismo que já deu começo à vossa própria regeneração. Corre-vos o dever de fazer que os vossos irmãos participem dos raios da sagrada luz. 

     Mãos, portanto, à obra, meus muito queridos filhos! Que nesta reunião solene todos os vossos corações aspirem a esse grandioso objetivo de preparar para as gerações porvindouras um mundo onde já não seja vã a palavra... felicidade. 
- François-Nicolas-Madeleine, cardeal Morlot. (Paris, 1863.)

do livro “Evangelho Segundo O Espiritismo” capítulo V, item 20

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